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  • Foto do escritorHelena Magalhães

5 dicas de organização em viagens para as neuróticas


Eu sou uma pessoa super organizada (em casa) e até hoje só encontrei alguém ainda mais do que eu – a Marta. Quando passámos férias juntas, enquanto eu tinha tudo dentro da mala, reparei que ela tinha tudo em bolsinhas no balcão da casa-de-banho. E fiz questão de andar a espreitar e estava organizado por categorias: cabelo, corpo, rosto e maquilhagem. Que fofinha. E as minhas coisas podiam até estar dentro da mala aos pontapés mas estava tudo organizado à minha própria maneira. Nunca fui daquelas pessoas de chegar a um sítio (ou a um hotel) e pendurar a roupa nos cabides ou arrumá-la nas gavetas. Posso passar um mês num sítio que vou ter tudo dentro da mala durante esse mês. Não me perguntem porquê. São hábito enraizados e talvez aquele inconsciente do desejo de voltar. E pode parecer tudo desarrumado mas acreditem – está organizado à minha maneira.

Nos últimos anos, tenho vindo a mudar pequenas coisas que melhoram a organização em férias. Talvez porque já me meti em alhadas. Espero nunca fazer uma viagem internacional daquelas de ter de levar meia casa porque nunca envio a mala para o porão por várias razões 1) já me partiram uma mala que me custou os olhos da cara e na altura até chorei de frustração, 2) já me abriram e revistaram a bagagem toda o que me fez sentir totalmente violada saber que alguém tinha andado a mexericar na minha roupa, nas minhas cuecas e até na minha bolsa de saúde. Tipo… porquê? e 3) quanto mais tralha levamos, maior a probabilidade de coisas que não vamos precisar e que só estão a encher.

Então, tornei-me absolutamente psicopata nisso (mais uma para juntar às minhas neuroses). Fico sempre a pensar que só vou levar coisas que – caso desapareçam – não me importo de perder. E levo sempre uma única mala pequena e organizada com o essencial.


1) Troquem todos os vossos cosméticos por miniaturas

Estamos de férias e não vamos precisar de tudo o que no dia-a-dia usamos em casa (até já tinha escrito sobre isto há uns anos também aqui no blog). Além de que o contexto viagem pode estragar muitos cosméticos (calor no carro, trambulhões nos aviões, etc), há coisas básicas que precisamos e tudo o resto podemos dispensar e retomar quando regressamos. O básico: champô, amaciador, gel de banho, um sabonete, um creme de rosto, um desmaquilhante, um creme de corpo e um perfume. E tudo isto existe em formatos mini. Recomendo as miniaturas da Cosmia criadas mesmo para viagem e ginásio. São de 75ml e custam 75 cêntimos. Há os normais como o gel de banho e até produtos 2-em-1 para poupar espaço com champô e gel de banho ao mesmo tempo. Os únicos cosméticos que levo em tamanho normal são o protetor solar e o after-sun.




2) Não gastem metade de um ordenado numa mala de viagem

A mala é suposto ser o transporte e, numa análise até filosófica, aquilo que protege os nossos pertences de todo o ambiente da viagem. Há uns anos, enquanto acampava num festival (não me perguntem como é que acampei, também não sei), e no meio de uma tempestade de vento, atámos tudo o que era nosso a pedras, incluindo a tenda. Nesse fim-de-semana passámos o tempo todo a gritar “Aiii os meus pertences!!!” (tornou-se a nossa frase do festival). Eu estava simplesmente em pânico de que me roubassem as coisas (o mais provável) ou que voassem. E o meu maior medo era simplesmente de perder a mala que tinha custado mais do que quero admitir e que implorei à minha mãe porque toooooda a gente tinha aquelas malas. Foi a mesma que me estragaram depois no aeroporto. Depois disto, simplesmente deixei de comprar malas caras porque é apenas a porcaria de uma mala que só serve para usar meia dúzia de vezes ao ano. Agora tenho duas – esta amarela mais pequena e que levo normalmente para fins-de-semana (comprei no Jumbo) e uma às flores um pouco maior (mas ainda no tamanho que pode ir como mala de mão) que comprei nos saldos do El Corte Inglés.


3) Levem livros de bolso

Eu leio imenso quando estou fora. Sou uma pessoa mesmo muito tranquila em férias e adoro desligar-me de tudo, de viajar sem sair do mesmo sítio. Mas uma das coisas que odeio é estragar os livros porque andam para lá e para cá: dentro da mala, no meio da areia, ao sol… e é impossível preservá-los assim. Sempre gostei dos livros de bolso por isso – lembram-me aqueles romances de verão em tamanho pocket que a minha mãe comprava e que eu também lia ali pelos 13 anos. A Fnac tem uma seleção enorme de livros de bolso (podem ver aqui) e o Jumbo tem uma ilha no meio dos supermercados (vi em Alfragide) com um chapéu de praia aberto a sinalizar e têm lá centenas de livros de bolso entre os 3€ e os 7€. Trouxe estes três para ler este verão quando for de férias (tenho um Gatsby tamanho normal mas de repente apeteceu-me imenso voltar a ler).


4) As viagens de carro são melhores com CD’s

Tenho de estar sempre com a mente ocupada por isso, em viagem de carro, prefiro ter CD’s para não estar dependentes das rádios. Tenho uma bolsa enorme com imensas coisas que levo no carro para viagens. A maioria é nostálgica – óbvio – com as músicas da minha adolescência (só para rirem: Aqua, The Moffatts, Onda Choc, Spice Girls, NSync, Aerosmith… um mix que não diz a bota com a perdigota) mas tive a sorte de ter recebido uma caixa da Universal com alguns novos CD’s que eles sabiam que ia gostar: Diana Krall, Lorde, a banda sonora do Lalaland, entre outros. Já estão na minha bolsa para a próxima viagem. Sim, porque eu tenho uma estrela pop a viver dentro de mim.

5) Ninguém precisa de 10 pares de sapatos em férias

É o que mais enche as malas e o menos útil, na verdade. A minha lógica é sempre muito simples: uns ténis, umas sandálias e uns sapatos mais clássicos para alguma saída. É mesmo só isso que precisamos. Os ténis e os sapatos são da Aldo nova coleção e as sandálias do Jumbo Moda.


Artigo exclusivo para Auchan.

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