Eu sei que o tempo parece ainda não estar para isso mas o bom da primavera (e do verão, vá) é as tardes a ler na praia, no jardim, no parque, na esplanada, na varanda… ao ar livre, que é o que importa. E, sobretudo, para nos desligarmos das coisas do dia a dia – o trabalho, os filhos, os problemas, as relações, a família, as contas para pagar e a lista é infinita, eu sei.
Pessoalmente, gosto muito de me sentar no jardim a ler de pernas esticadas, à sombra e, de preferência, sem tempo. E quais são os melhores livros para ler nestes dias? Livros pequenos, divertidos, livros de contos, de histórias que se lêem bem. Short Stories, por assim dizer. Não falo das epopeias românticas ao género Raul Minh’Alma em que cada página debita parágrafos depressivos sem qualquer ligação uns com os outros (é meramente uma opinião pessoal). Falo de pequenas histórias de seis, sete páginas. Pequenos contos que, confesso, sempre achei que não funcioavam em livro mas agora dei por mim a ler dois e que recomendo aqui.
Depois – e porque já sei que há quem me vá atacar porque na vida real ninguém tem tanto tempo para ler como aquilo que faço crer blá, blá, blá – adaptei estas leituras ao dia a dia com A Rapariga que Lia No Metro para lerem… voilá, no metro. É um livro pequeno, que se lê rápido, meio fantasia, meio suspense. E que embora não seja assim tãããão txaram, é uma leitura simples e que diverte. Que é o que se quer quando se está a ir para o trabalho.
A Paula – pragmática como sempre – traz-nos um outro tipo de leituras de jardim que são as leituras do silêncio e uma ode ao ódio à internet que tanto precisamos de ler HOJE. E fez-me uma pergunta: como me sentiria sozinha no meio da Antártida? Eu teria um valente ataque de ansiedade (óbvio!) mas ela mostra como estes livros nos podem ajudar a introduzir novamente o silêncio nas nossas vidas tão cheias de caos, de redes sociais e de uma sociedade tão… enfim, tão estúpida.
No meio disto tudo, descobrimos que a Paula é daltónica ou, pelo menos, deixo-vos a vocês decidirem. Mais um Bookcast divertido e que, a ouvir, me ri sozinha aqui em casa 🙂
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