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Foto do escritorHelena Magalhães

Mais amor, menos selfies


Na altura em que não existiam os smartphones, o facebook, o instagram, os chats, os whatsapps… nós escrevíamos. Ok, já existia o mirc (lembram-se? Era tão bom!) mas nós continuávamos a escrever. E eu conhecia a letra das minhas amigas ao pormenor. Só de olhar para uma frase, já sabia quem a tinha escrito. Hoje em dia, já não escrevemos. Não conheço a letra da maioria das pessoas que me rodeia. E podemos dizer taaaaanto de uma pessoa pela forma como escreve.

Se vos pudesse desejar (e concretizar) algo para 2016 seria mais amor e menos selfies. Ouvir mais e falar menos. Viver mais e pedir menos. Mais beijos na boca e menos palavras. Mais cartas e menos whatsapps. Mais música e menos silêncio. Mais conversas à meia noite e menos discotecas. Mais gelados na boca e menos cigarros. Mais filmes na cama. Mais viagens. Mais jantares a dois. E menos discussões. Menos traições. E menos mentiras.

Escrevam (mais) cartas. Escrevam o que sentem. Às vezes, é tão mais fácil explicar por palavras escritas o que a boca não consegue falar. Não tenham vergonhas. Ser old school nunca sai de moda. E, porque ninguém morre de amor, como diz Mário Quintana, 2016 vem aí como uma folha em branco. Não carreguem as vossas bagagens de desgostos. Limpem a alma e comecem de novo. Ontem um amigo dizia-me, a propósito de uma conversa em que lhe perguntei se uma mulher deveria, ou não, dar o primeiro passo, ‘podemos morrer amanhã, qual o propósito de ficar sentado à espera?‘.

Vão atrás do que querem. Sem medos. É melhor serem absolutamente ridículas do que não serem nada.

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