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Foto do escritorHelena Magalhães

Para 2016? Agarrem a vida pelos cornos


Não gosto de fazer planos.

Porque é toda esta imprevisibilidade que torna a vida tão apetecível. Mas 2015 foi, sem dúvida, um dos melhores anos da minha vida. Sim, sim, eu sei, só saí com idiotas. Mas hoje não quero falar de homens.

Se vos pudesse dar um conselho para 2016, seria para agarrarem a vossa vida pelos cornos, como com os touros.

Em 2015, decidi que queria mudar de vida porque não estava feliz. Saí de um emprego estável para o incerto. De um bom ordenado para nada. E claro que só pude fazer isso porque, felizmente, os meus pais podiam ajudar-me, dar-me casa, cama e comida. Senti que, para dar um passo à frente, tinha de dar dois atrás. E de repente ‘oh meu Deus’ sou desempregada. No ano passado, exactamente por esta altura, era uma pessoa – esta palavra que custa tanto a dizer – desempregada. A minha passagem de ano foi uma merda – literalmente uma merda – porque não tinha energia para fazer nada. Na verdade, eu não tinha nada. Não sabia o que fazer. Só sabia que já não conseguia mais fazer o que fazia.

E decidi começar o ano a apostar em coisas que gostava. Comecei a bater às portas. A mandar emails. A fazer telefonemas. Bati a muitas portas, ouvi muitos nãos. Pior do que os ‘nãos’ eram os silêncios, porque a maioria das pessoas que contactava não respondia de volta. Inventei projectos e mais projectos. Na minha cabeça, só sabia que precisava de começar por qualquer lado. Se escrever era o que eu queria fazer para o resto da vida (e nos moldes que eu queria), não podia continuar a aceitar coisas de que não gostava. Tinha – voltando aos touros – de agarrar a minha vida pelos cornos.

E é isto que estou sempre a dizer. Não podemos ficar à espera que as coisas nos caiam no colo. Eu prefiro ser chata, mas garantir que se lembram de mim, do que ser politicamente correcta mas, na hora H, passar despercebida. Se estão a correr atrás do vosso sonho, têm de correr com garra. Têm de pensar nele 24 horas por dia. Têm de respirá-lo. Vivê-lo. Dormir a pensar nele. E acordar com ele ao vosso lado na cama.

Se tenho tudo o que queria? Obviamente que não – quero tudo e quero mais. Tenho tantas ideias, tantos projectos, tantos sonhos. Sou a pessoa mais ambiciosa que conheço. Durmo a pensar numa ideia e acordo com outra. E é esta vontade de fazer tanto mais que me lança – todos os dias – estrada fora pelo incerto.

Lancem-se a 2016 com vontade para fazer mais. Qualquer que seja o vosso sonho, coloquem-lhe uma meta e – até lá – façam tudo o que estiver ao vosso alcance para chegar até ele. Não arranjem desculpas. Não coloquem a culpa nos outros, no tempo, na chuva, no calor, no governo, na crise. Não fiquem à espera que os outros vos ajudem. Porque, no final do dia, só depende de vocês.

Bom 2016.

Voltamos a falar em Dezembro.

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