Já andava há algum tempo a querer escrever isto não para me auto-promover (embora o possa fazer, claro que posso) mas para compilar algum feedback que fui guardando numa espécie de memória literária e, acima de tudo, para (quem ainda não leu) inspirar o público a conhecer e a ler o Diz-lhe Que Não. Olha, pronto, estou mesmo a promover-me 🙂
Escrever este livro foi uma experiência – hum – diferente do que estava habituada. Eu escrevo muito como falo porque gosto de criar uma experiência de leitura fluída. E acho imensa piada quando as pessoas (que me conhecem) dizem que, ao ler, estão mesmo a imaginar a minha voz. E claro que isso não é muito fácil transpor para um registo escrito. Principalmente porque pode ser mal interpretado. Toda a gente sonha em escrever um grande romance literário, queremos todos ser Jane Austen mas a verdade é que a própria escrita tem de se adaptar aos tempos em que vivemos. Todos estes romances – de Eça de Queirós às irmãs Bronte – representavam a época em que os autores viviam. São grandes porque hoje, com a carga literária que ganharam, nos relembram o que o amor e a vida deve ser, nos transportam para outras épocas e servem quase como um registo histórico da forma como o mundo era. Mas é difícil hoje querer ser-se um grande escritor e não nos conseguirmos colocar no espaço temporal em que vivemos. Então, quiçá, daqui a 200 anos, o Diz-lhe Que Não seja um grande clássico da geração dos anos 2000.
Porque foi exactamente isso que quis criar com o Diz-lhe Que Não – um livro bastante real e que vos fizesse pensar na forma como, aos dias de hoje, nos relacionamos uns com os outros. Fala de sexo, fala da vida, fala de homens mas fala, acima de tudo, de amor. Daquele amor que procuramos e que, nesta época tão rápida em que vivemos, é tão difícil encontrar.
Para quem vai agora de férias, sim, acho que este é um livro fantástico para se ler em viagem, na praia, na piscina, no jardim, ao sol ou à sombra numa tarde longa. É um livro que vos vai fazer ter vontade de sair de casa e viver. De gritar. De beijar. De ouvir música alta. De dançar. De abordar estranhos na rua. De continuar a acreditar em todas as coisas que nos fazem tremer as pernas. E o coração.
Claro que esta é a minha interpretação. Mas vinda do autor é sempre suspeita.
Vejam, por isso, a interpretação de tantos leitores que falaram comigo pelas redes sociais e que consegui guardar. Se há algo bom nesta geração digital… é isto. É este contacto. Esta proximidade. Recebi centenas e centenas de mensagens, emails, falei com tanta gente, li as vossas opiniões, troquei ideias, li as vossas histórias e a forma como se relacionaram com todas estas personagens tão reais e especiais. E não há nada que pague este sentimento. Há exactamente um ano atrás estava a escrever o Diz-lhe Que Não. Estava a construir estas histórias e nunca me passou pela cabeça que pudessem de facto ter tido impacto na vida de tanta gente. E que tantas outras mulheres (e homens) se fossem identificar.
OBRIGADA POR ME LEREM 🙂
E também nas lojas físicas e nos hipermercados como Jumbo e Continente. Há lojas para todos os gostos!
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